Com
um jogador a menos no segundo tempo, o Bahia fez uma partida de muita raça e
superação na Fonte Nova, e apesar de ter pressionado o Cruzeiro, ficou no
empate em 0 a 0 na noite deste sábado (20), pelo Campeonato Brasileiro.
Colaboração
de foto: Felipe Oliveira/ECB
Após
a sexta partida sem vencer, o Bahia soma 15 pontos na tabela de classificação
da Série A, aguardando ainda os outros resultados da 11ª rodada, podendo perder
até duas posições ao final. A equipe volta a campo pelo Brasileirão no próximo
domingo (28), quando enfrenta a Chapecoense, em Chapecó.
Em
campo, Bahia e Cruzeiro variaram bastante suas estratégias na etapa inicial.
Sempre marcando com todos os homens atrás da linhas da bola, quando tinham a
posse, trocavam muitos passes e cadenciavam o jogo. Já os contra-ataques eram
definidos rapidamente. Se sobrou aplicação tática, faltou mais eficiência
ofensiva aos dois lados.
Sassá e Gregore disputam bola no meio de campo. |
Contudo,
quando se esperava que o Cruzeiro fosse para cima, o que aconteceu foi
contrário, com o Bahia crescendo sua produção ofensiva e dominando as ações. Em
boa estreia, Lucca ameaçava partindo para cima dos defensores e empurrando o
time mineiro para o campo de defesa, mas com o adversário recuado, as melhores
oportunidades surgiram mesmo em lances de escanteio e chutes do fora.
Aos
16, Juninho arriscou de longe e Rafael espalmou para fora. Aos 19, o zagueiro
tentou novamente de cabeça, após córner batido por Artur, mas a bola foi para fora.
Seguro na defesa e evitando a maioria dos contra-ataques do Cruzeiro, o Bahia
tentou o gol do triunfo até o fim, mas o placar terminou mesmo em 0 a 0.
Roger Machado conversou com a imprensa
Roger Machado conversou com a imprensa
Roger Machado conversou com a imprensa após o empate. |
O
técnico Roger Machado conversou com a imprensa após o empate. O treinador falou analisou
o desempenho do Bahia na partida, elogiando a postura da equipe, sobretudo no
segundo tempo, quando atuou com um jogador a menos em campo. “Não
vi um primeiro tempo fraco. Vi um primeiro tempo trancado, porque o Cruzeiro
fechava muito bem os espaços, e a gente não circulava a bola com velocidade nem
tampouco conseguia chegar com lucidez perto do gol. A partir da expulsão, num
lance que falei com Arthur Caíke de um misto de imprudência, com rigor
excessivo da arbitragem, o Cruzeiro talvez tenha imaginado que teria um pouco
mais de espaço, e a gente conseguiu se superar. As jogadas começaram a aparecer
porque o Cruzeiro abriu mais seu campo e nos permitiu espaço. O que tinha todos
os elementos para se transformar numa tragédia, acabou saindo com saldo positivo.
Esse jogo era bastante especial porque todos gostariam de ver como reagiríamos
após a perda da classificação na Copa do Brasil. Mesmo não vencendo, a gente
conseguiu resgatar a confiança no jogo. Isso foi muito importante. Foi um
segundo tempo gigante, mesmo com um jogador a menos”, comentou.
Em
seguida, Roger falou sobre o desempenho individual de alguns jogadores. “A
gente está sempre preocupado com os insucessos. Sempre há oportunidade para
evoluir em algum aspecto e a luz está sempre acesa. Com o empate, conseguimos
ganhar uma posição. Preciso deixar registro para meu torcedor, que é nosso
combustível. A partir do momento que a gente entregou dentro de campo o que ele
queria, ele veio conosco. Hoje, alguns jogadores que estrearam foram muito bem,
principalmente o Lucca, com uma mobilidade muito grande, característica que a
gente não tinha dentro do grupo. Ronaldo foi bem. Flávio, como companheiro do
Gregore, e depois como lateral. Zagueiros jogaram muito bem. Juninho fez o jogo
do Lucas crescer. Claro que a gente não fica satisfeito, mas pelo contexto do
jogo, importante que frise, o saldo acabou sendo positivo”.
Por
fim, o técnico do Bahia avaliou o resultado e a sequência no campeonato. “Não
considero normal a gente empatar em casa. No futebol, sempre o copo está meio
cheio. Até anteontem, a gente estava próximo de fazer história. O Brasileiro,
embora importante, todos entendiam que na 11ª colocação estávamos fazendo uma
boa campanha. A partir da eliminação, o copo virou meio vazio. Mas isso faz
parte de nossa rotina. Não costumo me apegar muito a uma escalação fixa, mas é
o rendimento que vai dizer. O campo dá o tom. Perdi o Douglas, ganhei o
Ronaldo, tive o Lucca entrando muito bem. Não tive o Elton nem o Élber. Não
tive o Nino, mas tive o Ezequiel. Queria que meus jogadores dessem uma resposta
parecida com esta. Todo mundo cansado no vestiário, mas com a confiança
retomada”, finalizou.
Bahia 0 X 0 Grêmio - 11ª rodada da Série A
do Campeonato Brasileiro
Árbitro:
Luiz Flávio de Oliveira (FIFA-SP)
Auxiliares:
Emerson Augusto de Carvalho (FIFA-SP) e Bruno Salgado Rizo (SP)
VAR:
Marcio Henrique de Gois comanda, com auxílio de Vinicius Furlan e Anderson José
de Moraes Coelho (todos de SP).
Cartões
amarelos: Arthur Caíke (duas vezes), Ezequiel (Bahia) / Cacá
Cartões
vermelhos: Arthur Caíke (Bahia)
Bahia: Douglas; Ezequiel (Ronaldo), Lucas Fonseca,
Juninho e Giovanni; Flávio, Eric Ramires (Lucca) e Gregore; Arthur Caíke, Artur
e Gilberto (Fernandão). Técnico: Roger Machado.
Cruzeiro: Rafael; Weverton,
Fabrício Bruno, Cacá e Dodô; Éderson, Ariel Cabral, Jadson e Maurício (Rafael
Santos); David e Sassá (Vinícius Popó). Técnico: Mano Menezes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário