Bellintani defende retorno dos treinos no início de maio

O presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, defendeu que os clubes retornem aos treinos, de forma controlada, já no começo de maio.

Bellintani defende que clubes retornem aos treinos em Maio.

Fonte: A Tarde

Fotos: Gabriela Simões

A preocupação do mandatário é com o aspecto físico dos atletas, que foram liberados pelos clubes brasileiros desde o fim de fevereiro. Os atletas do Tricolor estão de férias até o final de abril. "A gente sabe que é cedo para falar em data de retorno, mas é preciso falar em retorno aos treinos, eu defendo isso. Vamos começar a falar sobre isso na reunião da CNC (Comissão Nacional de Clubes) da próxima terça-feira, por que eu tenho muito medo em relação a estrutura física dos atletas que completaram 45 dias sem nenhuma atividade física programada e isso não é incompatível com a garantia de saúde dos nossos atletas", afirmou Bellintani, em entrevista ao programa Quatro em Campo da Rádio CBN, de São Paulo.

Para o presidente, é preciso pensar em estratégias para o retorno controlado das atividades físicas dos jogadores nos centros de treinamentos dos clubes. "Espero que a gente comece a planejar gradativamente o retorno aos treinos, pelo menos, os treinos sem bola, com grupos separados em 4 e 5 atletas no máximo, sendo testados previamente, eles e suas famílias para ver se já tem anticorpos, se estão com o vírus. Acho que com 4, 5 atletas por grupo, divididos em campos separados, horários diferentes, a gente pode começar a planejar que a gente preserve minimamente o atleta de alto nível", defendeu.

Bellintani ressaltou que o foco nesse início de retorno dos treinos é somente em trabalhar a parte física dos atletas. "Não estou falando de voltar a treinar para se preparar para os jogos. Defendo no começo de maio, os treinos para preservação física dos atletas e gradativamente ampliando isso", detalhou.

Fim do time de transição

No início da semana, o Bahia anunciou o fim do time de transição, formado em sua maioria por jogadores de até 23 anos e que funcionava como um "laboratório" para os jovens atletas. A equipe disputava o Campeonato Baiano deste ano e liderava a competição, restando apenas dois jogos para o fim da primeira fase. Com a dissolução da equipe, o técnico Dado Cavalcanti não teve seu contrato renovado. Ele foi elogiado por Bellintani.

"Uma decisão muito difícil pra gente. O time de transição foi criado nos moldes que muitos times europeus tem para tentarmos fazer experiências em relação a jovens atletas. Um trabalho muito bem feito por Dado Cavalcanti, que é um grande treinador, pronto para assumir qualquer projeto, até mesmo na Série A. Infelizmente com a falta de um calendário a gente teve que optar por uma interrupção do trabalho, mas a experiência foi muito boa e Dado está com portas abertas no Bahia para poder voltar ao clube no futuro", disse o presidente do Tricolor.

Direitos de transmissão internacional

Após tentativas frustradas nos últimos anos, os clubes do futebol brasileiro negociam a transmissão das partidas dos campeonatos nacionais para o exterior. Bellintani, que está à frente do processo, comentou a negociação.

"Está em andamento, a gente escolheu duas empresas, uma para cada produto. Uma para produto de TV aberta e fechada no mundo, exceto Brasil e outra que é o produto para transmissão em sites de apostas. A gente escolheu essas duas empresas, mas estamos em processo de elaboração de contrato, não foi assinado ainda", relatou.

Bellintani explicou que o foco na venda dos direitos não é financeiro, e sim na popularização do futebol brasileiro no exterior. A negociação é por um contrato de 4 anos.

"O que importa nesse momento não é exatamente o valor a ser pago, o que importa é como esse produto pode ser desenvolvido lá fora nos 4 anos que estamos fechando esse contrato. Depois desse período com o futebol brasileiro tendo uma visibilidade maior lá fora, a gente busca agregar um valor que se aproxime de captações profissionais. Esse contrato está em fase de discussão, a partir da próxima semana partimos para assinatura de contrato", explicou.